É indiscutível a ação da música na vida do ser humano e da sociedade. A música pode acalmar, elevar, iluminar, nutrir e fortalecer.
Conhecer nossa reação à música é de grande importância. Ignorar o poder da música e seus efeitos profundos pode não só ser prejudicial como perigoso. (Merrit, 1990).
“A música é, incontestavelmente, de todas as artes, aquela que reflete de uma maneira mais sensível, o grau de desenvolvimento humano.” Marmontel (historiador e crítico francês, 1723-1799).
Se a música é manifestação afetiva por meio dos sons, onde os efeitos são consideráveis para o ser vivo, seja ele humano ou não, a dança é uma manifestação humana onde os povos buscam interpretar com o seu corpo estes sons sincronizados e produzidos a partir de um sentimento ou emoção que chamamos de sons musicais.
Portanto quando nos propomos a aprender algum tipo de dança, é indiscutível a importância de se perceber a métrica musical do estilo para que se tenha um desempenho perfeito e uma excelente execução.
A música pode produzir uma variedade de emoções, como emoções e comportamentos ligados a estas, inclusive excitação, sensualidade, melancolia, amor romântico e até rebeldia.
O dançarino ou aprendiz de dança, primeiramente precisa se identificar com o estilo musical que mais o agrada, após esta descoberta pode procurar aprender a dança.
Se não existir emoção ou alguma manifestação profunda dentro do seu intimo ao ouvir certa melodia, pode ter certeza de que esta música não será sua dança perfeita, porém nada impede de buscar conhecer e apreciar.
Assim com a música a dança também é composta de intensidade, tempo e ritmo, esta composição faz com que a música se torne o conjunto de sons organizados em uma sequência e a dança se torne um conjunto de movimentos e passos organizados de acordo com esta sequência, formando uma harmonia entre som e movimento, ambos dialogando em compassos.
André Postigo – músico e professor