O Flamenco continua a evoluir para se tornar universal.
Por um lado, notamos novas tendências de miscigenação com outros estilos musicais da mão de alguns artistas.
Neste ponto, há bastante controvérsia; entre os defensores da conservação da ortodoxia flamenca (como fez Falla na sua época e que serviu para conservar tão valioso patrimônio), e outros mais interessados na sua evolução e permeabilidade.
Por outro lado, artistas importantes levaram o flamenco aos cinco continentes, chegando a uma nova era onde a mídia é testemunha de sua graça, de sua força e de seu duende.
Por este motivo, já não podemos afirmar que o Flamenco é uma manifestação artística exclusivamente da Andaluzia (como já não se pode dizer que o Jazz é uma música exclusivamente de New Orleans), podendo hoje assistir a espetáculos do mais autêntico purismo e classicismo flamenco.
Tocada na Andaluzia por um bailarino japonês ou um violonista italiano, com o respeito de um grande público de conhecedores, ao mesmo tempo que os maiores artistas andaluzes levam o flamenco a palcos importantes em todo o mundo.
Naturalmente, a Andaluzia continua a ser a capital do flamenco, onde está mais concentrado e onde esta arte pode ser apreciada na sua manifestação mais pura.
E por se tratar de uma música íntima por excelência, onde te sentirás melhor, será naquele pequeno círculo de amigos, onde só encontras uma guitarra, uma voz, e aquele corpo a dançar de madrugada, e assim chamamos ” uma farra de flamenco “.